A conversa

Quinta-feira, no velho café ao fundo da rua. Café rústico, mobília antiga e chique a valer. A cor castanha da madeira era brilhante e cativava os olhos de qualquer um. Era um dia como qualquer outro, clientes entraram e sairam. Uma das mesas estava ocupada. Dois sujeitos, sentados, usavam-na para jogar às cartas enquanto conversavam.

- Então, como tens passado?

- Bem e tu?

- Também. E a tua mulher?

- Continua doente como sempre. Já não há nada a fazer.

- Como assim? Não digas isso, vais ver que ela melhora.

- Não melhora nada, é um caso perdido.

- Então?! Falas como se ela já estivesse morta!

- Mais valia estar.

- Às vezes parece que nem te conheço! Como é possível dizeres uma coisa dessas?

- Ela é minha mulher, não tua. Está acabada. É tudo o que sei.

- Sinceramente, metes-me nojo.

- Achas que eu me importo? Afinal de contas, ganhei o jogo!

E o sujeito, alegre, bateu com um ás de espadas na mesa.

42

Passado alguns anos decido finalmente postar algo que não seja relacionado a chá preto… se bem que ao referir o chá acabei de relacionar este post de alguma forma a ele. Já vos disse que adoro chá? Ceylon Assam!

E nada melhor que o post número 42!

Tendo-o dito, passo oficialmente a afirmar que, para além dos malditos benditos estudos, vou tentar sair desta pausa pós-vento e começar algo novo. Para combinar, o meu “algo novo” será um remake de um jogo velho que eu fiz, chamado… 42! Segue abaixo alguma arte conceptual do género gráfico apenas.

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